segunda-feira, 27 de outubro de 2014

APESAR DE VITÓRIA, DIFERENÇA ENTRE PT E PSDB É A MENOR DA HISTÓRIA

A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo (26) com 51,4% dos votos. O candidato tucano, Aécio Neves, ficou com 48,52%, na disputa mais acirrada para a presidência no país.

A polarização entre PT e PSDB nas eleições presidenciais é uma constante há 20 anos. Derrotado, nas duas primeiras disputas (em 1994 e em 1998), o Partido dos Trabalhadores reverteu o quadro e manteve no poder por 12 anos. 

Em 2002, a disputa no segundo turno foi entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB), que resultou na primeira vitória do petista, com 61,27% dos votos (que representa quase 53 milhões de eleitores, dando a Lula o posto de segundo presidente mais votado do mundo) , contra 38,72% do tucano. Quatro anos depois, em 2006, o ex-presidente tentou a reeleição, desta vez contra Geraldo Alckmin, e venceu mais uma vez, com uma diferença um pouco menor: 60,82% contra 39,17% dos votos.

Nas eleições de 2010, Serra voltou ao páreo, mas desta vez disputou contra Dilma Rousseff. Ela entrou para a história como a primeira mulher a presidir o Brasil, mas a vitória foi um pouco mais apertada que as de Lula: 55,75% contra 43,71%.

Histórico
Por incrível que pareça, PT e PSDB já foram aliados. A resistência à ditadura, as Diretas Já, a Assembleia Nacional Constituinte e o impeachment de Collor foram pontos de concordância entre os dois partidos no passado. A disputa começou a partir do lançamento do plano Real, em 1994. O presidente eleito foi Fernando Henrique Cardoso, ainda no primeiro turno, com 55,22%. Lula disputava pela segunda vez a presidência, e teve 39,97%.

Em 1998, houve mais um embate FHC versus Lula. O tucano se reelegeu com 53,06% (também no primeiro turno). O petista ficou com 31,71%. Essa foi a última vitória do PSDB na presidência do Brasil.
Fonte: Diário de Pernambuco

DILMA DIZ NÃO ACREDITAR EM BRASIL DIVIDIDO, PROMETE DIÁLOGO E REFORMA POLÍTICA

A presidente Dilma Rousseff minimizou as diferenças de votos nas diferentes regiões do Brasil e conclamou a união do país em favor do futuro da nação. Vestida de branco e ao lado do ex-presidente Lula - com a mesma cor de roupa -, ela prometeu diálogo e uma reforma política. "Não acredito que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor para o país", afirmou, para uma plateia calorosa e barulhenta em um hotel em Brasília (DF). Ela foi reeleita com 51,6% dos votos válidos.


Em resposta ao sentimento de mudança, amplamente discutido nos debates, nas ruas e nas redes sociais, Dilma disse estar preparada. "Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige. Naquilo em que meu esforço, meu papel e meu poder alcançam, podem ter certeza de que estou pronta para responder a essa convocação", afirmou. "Nas democracias maduras, união não significa necessariamente unidade de ideias nem ação monolítica conjunta. Pressupõe, em primeiro lugar, abertura e disposição para o diálogo. Esta presidenta aqui está disposta ao diálogo. Este é o meu compromisso do segundo mandato: o diálogo", assegurou.

A reforma política foi enumerada por ela como a mais importante. A petista se comprometeu a promover uma consulta popular e acredita no interesse do Congresso Nacional e da sociedade. "Quando cito a reforma política, não significa que eu não saiba a importância das demais reformas, que temos também a obrigação de promover", ressalvou.

O discurso foi iniciado com agradecimentos aos eleitores e uma saudação a Lula, chamado por ela de presidente, seguidos de cumprimentos a todos os partidos da coligação eleita.


Fonte: Diário de Pernambuco

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

CONTRÁRIO A ADESÃO A AECIO,EXMINISTRO DE LULA PERDE COMANDO DO PSB


O PSB oficializou na tarde desta segunda-feira (13) a troca de seu comando, confirmando a saída do ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula Roberto Amaral da presidência da sigla.
Contrário ao apoio ao tucano Aécio Neves no 2º turno das eleições –decisão tomada pela Executiva da sigla na última quinta-feira (16) por 21 votos a 7–, Amaral será substituído pelo então primeiro-secretário do PSB, Carlos Siqueira.

A troca de comando foi tomada por aclamação em reunião realizada no Hotel Nacional, na região central de Brasília. Amaral não compareceu. A ex-prefeita Luiza Erundina, outra das insatisfeitas com a decisão do PSB, também se ausentou.

O PSB entrou na disputa eleitoral deste ano com a candidatura de Eduardo Campos. Após a morte do ex-governador de Pernambuco em um acidente aéreo em 13 de agosto, a sua então vice, Marina Silva, assumiu a cabeça de chapa, mas chegou em terceiro lugar.

Tanto ela quanto o PSB aderiram então a Aécio, mas houve críticas de integrantes da legenda, que até 2013 era uma das principais aliadas do PT.

Amaral pretendia permanecer no comando da legenda, mas perdeu poder após ser derrotado na definição sobre qual rumo a sigla deveria tomar no segundo turno. Próximo ao PT, ele defendia a neutralidade.
Após constatar que não seria reeleito para o cargo, divulgou um duro texto em que acusa seus correligionários de terem traído os ideais do PSB, além de afirmar que a legenda está migrando para Aécio de olho na participação em eventual governo.

Entre os que lideraram o apoio a Aécio estão o vice-governador eleito de São Paulo, Márcio França, o então vice de Marina, Beto Albuquerque (RS), e a seção pernambucana da sigla. Assumirá a primeira-vice presidência o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, cuja candidatura no Estado foi escolha pessoal de Campos.

Carlos Siqueira
Carlos Siqueira era bem próximo de Eduardo Campos, mas se recusou a continuar na coordenação da campanha presidencial após a morte do amigo. Ele se desentendeu com Marina na ocasião, mas, segundo aliados, se reconciliou com ela na semana passada.

A permanência de Marina no PSB segue indefinida. Muito possivelmente ela deverá deixar a sigla quando conseguir montar o seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade.

Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 11 de outubro de 2014

PSB EXCLUI DA DIREÇÃO QUEM FOI CONTRA APOIAR PSDB


Após declarar apoio a Aécio Neves (PSDB) na sucessão presidencial, a ala do PSB favorável ao apoio ao tucano Aécio Neves montou ontem (10) uma chapa para concorrer à nova direção da sigla sem os nomes mais próximos ao PT e que defendiam a neutralidade ou o apoio à presidente Dilma Rousseff neste 2º turno.

Com isso, o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, e a deputada Luiza Erundina (SP), ficaram de fora da chapa oficial para a direção do partido no triênio de 2014 a 2017. A reunião que elegerá o novo diretório está marcada para segunda-feira (13).

A chapa é encabeçada por Carlos Siqueira, até então primeiro secretário do PSB. A articulação foi feita em conjunto com o grupo de Pernambuco, estado de Eduardo Campos, que presidia a sigla até morrer em um acidente aéreo em agosto.

Fortalecido após o resultado das urnas, o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, ficou com a vice-presidência. Outros dois pernambucanos integram a chapa: o ex-ministro de Integração e senador eleito, Fernando Bezerra, e o prefeito de Recife, Geraldo Júlio.

Amaral era candidato à presidência, mas a articulação comandada por Siqueira e os pernambucanos o isolou. Em reação, ele acusou os correligionários do Nordeste de praticar a política do "coronelismo, enxada e voto", tese do ex-ministro Victor Nunes Leal para tratar das relações entre donos de engenho e empregados.

A articulação, além de aproximar o partido do PSDB, afasta-o ainda mais de Marina Silva, candidata à Presidência pela sigla, que foi derrotada nas urnas. Siqueira, que deve assumir o comando da sigla, se desentendeu com ela no dia em que o PSB a escolheu para ocupar o lugar de Campos na chapa presidencial.

Fonte: Diário de Pernamuco

AÉCIO REFORÇA PROMESSAS QUE ATENDAM PAUTA DE MARINA


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, fez um claro aceno neste sábado, em Recife, a Marina Silva, candidata derrotada do PSB, ao ler uma carta assumindo compromissos em áreas que a ex-senadora tinha apontado como essenciais para declarar apoio ao tucano. Em um discurso de quinze minutos, Aécio se comprometeu com a demarcação de terras indígenas, fim da reeleição, reforma agrária e aumento real do salário mínimo. Aécio disse ainda que vai transformar o Bolsa Família em programa de Estado.

O tucano não prometeu, contudo, retirar de seu programa de governo a proposta de redução da maioridade penal, como pedia Marina. Ele se limitou a dizer que vai criar medidas para "evitar que jovens se envolvam com violência".
Leia mais:
Da maioridade penal ao meio ambiente: a lista de exigências de Marina para Aécio

"Eu hoje no Recife, e não por caso no Recife, apresento um documento de convergência", disse Aécio. "Se eleito, quero ser o presidente da República dos mais pobres, daqueles que precisam das mãos do Estado."

O tucano classificou a aliança com o PSB como a "mais estratégica de todas": "Traz o símbolo do que queremos. A capacidade de realizar os sonhos de Eduardo Campos", disse. Sobre os ataques eleitorais do PT, respondeu: "A cada ataque, ofensa e calúnia, eu vou responder com propostas."

O discurso foi feito durante encontro com movimentos sociais organizado pelo PSB de Pernambuco. Após o evento, Aécio vai almoçar com a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos.

Do evento participaram o vice de Marina, deputado Beto Albuquerque, e políticos locais, como João Lyra Neto, governador de Pernambuco, Paulo Câmara, governador eleito pelo PSB, Geraldo Julio, prefeito de Recife, Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro e senador eleito pelo PSB, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Os três filhos mais velhos de Campos também estavam presentes: Maria Eduarda, João e Pedro, além do irmão do ex-governador, Antônio Campos, e de Madalena Arraes, viúva de Miguel Arraes, avô de Campos.

"Acho que a fala dele e o documento apresentado são coerentes e profundos e dialogam com o pensamento da Rede e do PSB. Avança bastante", disse Albuquerque, em referência à Rede, grupo político ligado a Marina.

Ele disse ainda que houve uma conversa direta entre Aécio e Marina, e que há uma expectativa de que ela anuncie neste domingo sua decisão sobre apoio no segundo turno. "Na ultima quinta-feira, foram apresentadas as propostas tanto do PSB quanto da Rede e eu acho que a fala dele responde com profundidade ao documento. Mais do que isso, assume compromissos com essas pautas."

Albuquerque minimizou o fato de Aécio não ter assumido compromisso sobre a maioridade penal. "Não compromete. Não que não seja importante, mas não podemos ter a pretensão de achar que no segundo turno quem passou tenha que assumir 100% das nossas ideias", comentou. "Agora a gente não acredita que esse não e o caminho (reduzir maioridade penal). Hoje 1% dos crimes brasileiros é cometido por menores. O que nós precisamos para os menores brasileiros é escola em tempo integral e não cadeia", defendeu.

Após o encontro com movimentos sociais, Aécio seguiu para um ato público no Clube Internacional, mesmo local onde Marina Silva realizou seu primeiro comício como candidata à Presidência pelo PSB.

Fonte: Veja

quinta-feira, 9 de outubro de 2014


Em levantamento exclusivo para ÉPOCA, o instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.080 eleitores em 152 municípios

Aécio Neves (PSDB) largou na frente da presidente Dilma Rousseff (PT) neste início da campanha de segundo turno nas eleições presidenciais deste ano. É o que mostra uma pesquisa feita com exclusividade para ÉPOCA, pelo instituto Paraná Pesquisas. Se a eleição fosse hoje, Aécio teria 49% das intenções de voto contra 41% de Dilma. Não sabe ou não responderam somam 10%. Em votos válidos, Aécio tem 54%, e Dilma, 46%. Na pesquisa espontânea, em que não são apresentados os candidatos, Aécio tem 45%, e Dilma, 39%.
Fonte: G1

AÉCIO: OS SONHOS DE CAMPOS PASSAM A SER OS MEUS SONHOS


Em um ato rápido na noite desta quarta-feira, 8, o PSB formalizou o apoio neste segundo turno da sucessão presidencial ao candidato do PSDB, Aécio Neves. O tucano disse que agora caminhará junto com a sigla do ex-governador Eduardo Campos e ressaltou que os sonhos do presidenciável morto em agosto passam a ser os seus sonhos. "Tenho a responsabilidade, no limite das minhas forças, de levar ao País o legado de Eduardo Campos", afirmou o novo aliado do PSB.

Em um breve discurso, Aécio disse que o gesto de apoio do PSB demonstra respeito pelos brasileiros e afirmou que sua candidatura representa o sentimento defendido pelo PSB durante a campanha eleitoral. "Sou a partir deste instante o candidato das mudanças verdadeiras", disse.

O tucano alfinetou o governo de sua adversária, Dilma Rousseff (PT), e disse que seu otimismo "só não é maior" do que a determinação de pôr fim ao ciclo do atual governo. Ao final, Aécio repetiu a última frase de Eduardo Campos na entrevista dada ao Jornal Nacional no dia 12 de agosto, um dia antes do acidente que o vitimou. "Não vamos desistir do Brasil".

Por 21 votos a favor, a Executiva Nacional do PSB decidiu formalizar o apoio a Aécio. Dos 29 membros que votaram na reunião, sete optaram pela neutralidade e apenas um, o senador João Capiberibe (AP), defendeu o apoio a petista Dilma Rousseff.

O presidente da legenda, Roberto Amaral, destacou que a aliança é ressalvada pelas condições políticas de cada Estado e será baseada em "conteúdo programático". O senador eleito pelo Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), passará a integrar a equipe do programa de governo de Aécio e terá como missão buscar a convergência entre as propostas encampadas pelo PSB na campanha do primeiro turno e o plano de governo do PSDB.
O POVO Online

PSB DEFINE APOIO AO TUCANO AÉCIO NEVES


A Executiva Nacional do PSB definiu nesta quarta-feira o apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). A decisão foi tomada após mais de três horas de reunião na sede do partido, em Brasília.

A posição da cúpula do PSB abre caminho para que a ex-senadora Marina Silva também apoie o tucano. Marina anunciará sua decisão amanhã, após reunião entre os cinco partidos que integraram sua coligação – PSB, PPS, PHS, PPL, PRP – e representantes da Rede Sustentabilidade, legenda que ela tenta criar. Apesar de ter sinalizado favoravelmente ao tucano no discurso pós-urnas, Marina tem ouvido seus aliados da Rede para tentar fechar posição.

A direção do PSB aceitou liberar os diretórios estaduais que votaram contra a aliança, como os do Amapá e da Paraíba, onde os candidatos da sigla, Camilo Capiberibe e Ricardo Coutinho, disputam o segundo turno e querem usar a imagem de Dilma Rousseff na campanha.

Nesta quarta-feira, mais duas legendas também oficializaram a preferência pelo tucano na reta final da eleição: o PSC, do Pastor Everaldo, e o PV, de Eduardo Jorge. Ontem, o PPS adotou posição idêntica.
Veja.

DILMA E AÉCIO DECIDIRÃO ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE NO SEGUNDO TURNO




Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) decidirão em segundo turno, no próximo dia 26, quem será o futuro presidente do Brasil. O resultado ficou matematicamente confirmado às 19h56, informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com 100% das urnas apuradas a petista obteve 43.267.668 votos (41,59%) no primeiro turno e o tucano, 34.897.211 (33,55%), segundo o TSE. Marina Silva (PSB) recebeu 22.176.619 votos (21,32%) e ficou em terceiro lugar, mesma colocação da eleição de 2010.

Após a confirmação de que haverá segundo turno, Dilma e Aécio fizeram pronunciamentos em Brasília e em Belo Horizonte, respectivamente.

A petista aproveitou a fala, para uma platéia de militantes do partido, e atacou o PSDB: "O povo brasileiro não quer de volta aqueles que viraram as costas para o povo, que acabaram com as escolas técnicas, esvaziaram o crédito educativo e elitizaram as nossas universidades federais, sucateando-as". Aécio afirmou que "o sentimento de mudança em todo o Brasil foi uma coisa surpreendente em todos os estados".

A candidata do PSB declarou que decidirá com o partido quem apoiará no segundo turno e que não se considera uma "derrotada" por ficar fora da etapa decisiva da disputa pelo Palácio do Planalto.
O ministro Gilberto Carvalho afirmou que o PT está disposto a convencer Marina Silva a apoiar Dilma no segundo turno, e que, para isso, o partido pode incorporar propostas do programa de candidata derrotada. Aécio, que no pronunciamento reverenciou Eduardo Campos, morto em agosto e de quem Marina era vice, declarou que aceitará o apoio de "todos os que tiverem contribuições a dar". Ele disse ter "enorme respeito" por Marina, mas que aguardará a decisão "sobre o caminho que ela achar mais adequado".

Será a quarta vez consecutiva que candidatos de PT e PSDB disputarão o segundo turno – em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu José Serra (PSDB); em 2006, Lula se reelegeu contra Geraldo Alckmin (PSDB); em 2010, Dilma superou Serra.

Nesta eleição, Dilma venceu em 15 estados, Aécio em nove e no Distrito Federal, e Marina em dois. Veja o mapa e uma comparação com o desempenho dos candidatos de 2010.

Segundo a apuração do TSE, Luciana Genro obteve 1.612.186 votos (1,55%), seguida de Pastor Everaldo (PSC), com 780.513 (0,75%); Eduardo Jorge (PV), com 630.099 (0,61%); Levy Fidelix (PRTB), com 446,878 (0,43%); Zé Maria (PSTU), com 91.209 (0,09%); Eymael (PSDC), com 61.250 (0,06%); Mauro Iasi (PCB), com 47.845 (0,05%); e Rui Costa Pimenta (PCO), com 12.324  (0,01%).

A campanha
A campanha eleitoral passou por uma reviravolta após a morte em acidente aéreo, em 13 de agosto, de Eduardo Campos, de quem Marina era vice.

Até então, as pesquisas indicavam uma situação de estabilidade, com Dilma à frente e Aécio em segundo. O tucano já havia enfrentado denúncias de suposta concessão irregular para um tio de um aeroporto na cidade de Cláudio (MG), mas a candidatura dele começou a perder fôlego após a morte de Campos.

Após o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco, Marina Silva assumiu a condição de candidata e chegou a aparecer em situação de empate técnico com Dilma, deixando Aécio para trás. Mas, na última semana da campanha, ela começou a perder intenções de voto, e o tucano recuperou o segundo lugar nas pesquisas divulgadas na véspera do segundo turno.

A campanha foi marcada pela troca de ataques entre os candidatos. A ascensão de Marina, logo após a comoção provocada pela morte de Campos, fez com que se tornassem mais duros os discursos dos adversários. Em eventos de campanha e na propaganda da TV, Dilma pedia com frequência aos eleitores que votassem contra o "retrocesso" e a favor das "conquistas sociais", ao que a campanha de Marina respondia dizendo que rival adotava “discurso do medo” e fazia “terrorismo eleitoral”.

Uma das principais polêmicas se deu em torno da divulgação dos programas de governo. Primeira a apresentar suas propostas, Marina Silva foi alvo de críticas por ter alterado, no dia seguinte à divulgação do programa, o capítulo de políticas para a população LGBT, retirando o apoio à criminalização da homofobia. Ela também foi objeto de críticas de Dilma por defender a autonomia do Banco Central. Aécio também disparou contra a candidata do PSB, acusando-a de mudar frequentemente de posição.

Os embates também envolveram Dilma e Aécio. O tucano explorou durante a campanha o tema "corrupção" na Petrobras, responsabilizando o atual governo pelos escândalos que envolveram a estatal e culminaram na prisão, pela Polícia Federal (PF), de um ex-diretor acusado de desviar dinheiro da empresa. Dilma se defendeu dizendo que a PF teve autonomia para investigar e os casos de corrupção não eram escondidos "debaixo do tapete".

No campo da economia, a petista acusou os tucanos de terem "quebrado" o Brasil três vezes durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e de terem intenção de privatizar a Petrobras. Aécio, por sua vez, repetia que o governo perdeu o controle da inflação e que o país parou de crescer na gestão Dilma.

Primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Vana Rousseff, 67 anos, nasceu em Belo Horizonte (MG) em 14 de dezembro de 1947. No regime militar, atuou em organizações de esquerda clandestinas, foi presa e torturada. Em 2001, filiou-se ao PT, após deixar o PDT. Antes de ser eleita presidente em 2010, Dilma nunca havia ocupado nenhum cargo eletivo.

Formada em economia, foi secretária de estado no Rio Grande do Sul. Entre 2003 e 2005, ocupou o posto de ministra de Minas e Energia, durante o primeiro mandato do Lula. Em 2005, deixou a pasta e sucedeu José Dirceu na Casa Civil, que deixava o cargo após denúncia de envolvimento no escândalo do mensalão.

Em 2010, elegeu-se presidente no segundo turno com 56,05% dos votos válidos (55.752.483 votos), contra 43,95% (ou 43.711.162) do seu adversário, José Serra (PSDB). No início da campanha deste ano, sofreu pressão interna de parte do partido, que pretendia trocar a candidatura dela pela do ex-presidente Lula, no chamado movimento "Volta, Lula".

Aécio Neves da Cunha, 54 anos, nasceu em 10 de março de 1960 também em Belo Horizonte (MG). Assim como Dilma, é formado em economia. Neto do ex-presidente Tancredo Neves, participou de diversos comícios ao lado do avô no início de sua vida pública.

Elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1986, reelegendo-se por mais três vezes. Entre 2001 e 2002, presidiu a Câmara dos Deputados. Ainda em 2002, foi eleito governador de Minas Gerais, cargo que exerceu por dois mandatos, até 2010.

Em 2010, o tucano elegeu-se senador por Minas Gerais. Em 2013, ganhou a disputa interna com José Serra pela candidatura a presidente da República e foi eleito presidente nacional do PSDB.
Fonte: G1


PAULO CÂMARA, DO PSB,E ELEITO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO




Paulo Câmara, do PSB, foi eleito neste domingo (5) para ser o governador de Pernambuco nos próximos quatro anos. Apuradas 100% das urnas no estado, o socialista apareceu com 68,08% votos válidos -- um total de 3 milhões de votos. O senador Armando Monteiro (PTB) ficou em segundo lugar, com 31,07% -- 1,3 milhão de votos.

"Pernambuco hoje teve um dia pleno de democracia, um dia importante para esse estado, e nós, da Frente Popular de Pernambuco, tivemos um resultado que muito nos alegra.  A responsabilidade é muito grande de comandar os destinos desse estado, mas estamos preparados e confiantes para, a partir de 1º de janeiro de 2015, continuar um trabalho que foi iniciado em 1 de janeiro de 2007 por Eduardo Campos", disse o governador eleito.

Com a vitória, o PSB segue no comando do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. A gestão de Câmara será a terceira seguida do partido, que saiu vitorioso nas eleições de 2006 e 2010, com Eduardo Campos. O vice João Lyra Neto completou o mandato a partir de abril, quando Campos deixou o cargo para se dedicar a sua campanha para presidente. Lyra era do PDT, mas acabou indo para o PSB em 2013.

Recifense, Paulo Câmara tem 42 anos e é formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco. Na mesma instituição, tornou-se especialista em Contabilidade e Controladoria Governamental e mestre em Gestão Pública. Auditor concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) entrou para o governo estadual em 2007, como secretário de Administração. Em 2010, assumiu a secretaria de Turismo e, em janeiro do ano seguinte, a da Fazenda. Nesta última pasta, ficou até o início de 2014, quando foi indicado pelo partido para concorrer às eleições.

O ex-governador Eduardo Campos conduziu pessoalmente o processo de escolha do postulante ao governo. Câmara acabou sendo o selecionado em detrimento a outros quadros tradicionais do partido, como Danilo Cabral, Tadeu Alencar e Sileno Guedes -- este último, atual presidente estadual do PSB. O ex-petista Maurício Rands, que coordenou o programa de governo da campanha de Marina Silva, também chegou a ser cogitado nos bastidores.

Campanha
Inicialmente desconhecido pelo eleitorado pernambucano, Paulo Câmara iniciou a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas em baixa nas pesquisas de intenção de voto. No levantamento publicado pelo Datafolha em 15 de agosto, por exemplo, ele tinha 13%, contra 47% de Armando Monteiro (PTB). Parte deste desempenho do socialista se devia ao fato de que poucos eleitores sabiam que ele foi o candidato indicado pelo ex-governador Eduardo Campos.

Com o início do guia eleitoral e a intensificação das agendas de rua, Câmara foi ganhando espaço aos poucos. Por conta da ampla coligação costurada por Eduardo Campos, composta por 21 partidos, o candidato teve direito a mais de 10 minutos para apresentar suas propostas na TV e no rádio. O concorrente do PTB teve menos da metade do tempo. Ao passo que foi se tornando mais conhecido, Paulo Câmara foi subindo nas pesquisas: no início de setembro, já aparecia empatado com Armando Monteiro.
O socialista se apresentou ao longo da campanha como um quadro técnico que teve atuação destacada ao longo da gestão do PSB entre 2007 e 2014. Em muitos debates, disse ter sido o secretário que aumentou a capacidade de investimento do governo, "transformando gasto ruim em receita boa".

Passado o clima de comoção que tomou a campanha com a morte de Eduardo Campos, a família do ex-governador passou a ter uma participação mais ativa nas agendas de Câmara. Primeiro, o filho homem mais velho, João Campos, acompanhou a Frente Popular em vários atos no interior do estado. Na sequência, a viúva Renata e os outros filhos também subiram ao palanque. Na semana final de campanha, a família completa, com exceção do bebê Miguel, figurou ao lado de Paulo Câmara em comícios na área central do Recife.

Propostas
Apesar de o plano de governo da candidatura só ter sido lançado a poucos dias das eleições, Paulo Câmara aproveitou as entrevistas na imprensa e o amplo espaço no guia eleitoral para divulgar suas propostas. Uma das principais delas, e talvez a que mais recebeu críticas dos adversários, foi a de dobrar o salário dos professores da rede estadual dentro de quatro anos. Também no campo da educação, prometeu universalizar as oportunidades nas escolas em tempo integral.

Durante a campanha, o postulante do PSB ainda atribuiu ao governo federal o atraso em algumas obras de mobilidade no estado, como o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe e o Arco Metropolitano. A estratégia foi utilizada por conta da polarização com Armando Monteiro, candidato apoiado pelo PT.

Na saúde, assim como o ex-governador Eduardo Campos, Paulo Câmara também fez promessas de construir novos hospitais, como o Geral de Cirurgias, no Grande Recife, e o Geral do Sertão, em Serra Talhada. Na mesma área, propôs a construção de mais seis UPAEs, voltadas para o atendimento especializado.
Fonte: G1