quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

DILMA ROUSSEFF INAUGURA ARENA DAS DUNAS


A Arena das Dunas foi inaugurada na noite desta quarta-feira, em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff e do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, além de outras autoridades. Com a entrega do estádio em Natal, já estão prontas sete das 12 sedes dos jogos da Copa do Mundo - a previsão é de que as restantes sejam finalizadas até abril.



Antes da Arena das Dunas, já tinham ficado prontos os seis estádios que foram utilizados também na Copa dos Confederações, em junho - em Brasília, Rio, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Recife. Assim, resta agora inaugurar o Beira-Rio (Porto Alegre), a Arena Amazônia (Manaus), a Arena Pantanal (Cuiabá), o Itaquerão (São Paulo) e a Arena da Baixada (Curitiba).

Entre os que ainda faltam ser entregues, o caso mais grave é da Arena da Baixada. Preocupado com o andamento das obras no estádio, Valcke chegou a admitir a possibilidade de Curitiba ser excluída da Copa. No caso do Itaquerão, houve um atraso de três meses por causa do acidente em novembro que matou dois operários, mas a inauguração está prometida para abril.

Durante o evento, Dilma fez uma rápida visita pelas instalações da Arena das Dunas, acompanhada pela governadora do Rio Grande do Norte. No centro do gramado, a presidente deu um chute simbólico na bola oficial da Copa para marcar a inauguração. Depois, tirou fotos com alguns funcionários. E foi embora sem discursar, mas fez um breve pronunciamento.


"Fiquei encantada com a beleza desse estádio. Fiquei encantada que ele saiu 3% abaixo do preço orçado e que é um estádio ambientalmente sustentado", afirmou Dilma, ressaltando que, além do futebol, a Arena das Dunas poderá receber convenções e eventos. "Esse estádio vai contribuir também para esse imenso potencial turístico que Natal tem."

Depois da cerimônia oficial realizada nesta quarta-feira, a Arena das Dunas terá a disputa de seus primeiros jogos no domingo, quando acontece uma rodada dupla no estádio, já com a presença das duas maiores torcidas de Natal. O América-RN enfrenta o Confiança (SE) pela Copa do Nordeste, enquanto o ABC recebe o Alecrim em rodada do Campeonato Potiguar.

Com investimento de R$ 400 milhões, sendo R$ 396,5 milhões de financiamento federal, a Arena das Dunas foi construída na área onde ficava o antigo Machadão, principal praça esportiva de Natal, que tinha sido erguido em 1972 e foi demolido para ser substituído pelo novo estádio. Ao todo, foram 29 meses de obras, com a participação de cerca de 4.500 trabalhadores.

Ao todo, a Arena das Dunas tem capacidade para acomodar 42 mil torcedores, sendo que 10,6 mil assentos são removíveis. Na Copa do Mundo, o estádio em Natal será palco de quatro partidas, todas válidas pela primeira fase: México x Camarões (em 13 de junho), Gana x Estados Unidos (em 16 de junho), Japão x Grécia (em 19 de junho) e Itália x Uruguai (em 24 de junho).


PROTESTO NA INAUGURAÇÃO DA ARENA DAS DUNAS EM NATAL




O protesto contra a realização da Copa do Mundo em Natal começou por volta das 15h, desta quarta-feira 22, na avenida Salgado Filho.O número de participantes dobrou, e cerca de 400 pessoas, de diversas entidades, caminharam até o estádio gritando palavras de ordem: “Fora Rosalba”! Algumas viaturas da Polícia Militar acompanharam os manifestantes e um grande efetivo da Polícia Militar, com a presença da Rocam e Polícia Ambiental, montaram uma barreira no entorno da Arena das Dunas, além da ronda aérea realizada por helicóptero. Ao todo 600 homens e 800 metros de grades com isolamento.


"Estamos hoje aqui para chamar a atenção da sociedade, governadora e presidente. Queremos mostrar o descaso com a saúde, educação e segurança em nosso Estado. Hoje não é a luta de um único grupo", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Djair Oliveira.



O ato foi pacífico, até a chegada da comitiva da presidente Dilma e da Governadora Rosalba Ciarline à Arena das Dunas. Manifestantes picharam e atiraram paus e pedras contra dois carros. Ninguém foi preso e o protesto foi finalizado.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

INAUGURAÇÃO DA ARENA DAS DUNAS TERÁ EXPOSIÇÃO DE TELAS



O Governo do Estado aposta que a Arena das Dunas poderá ser mais um palco para a cultura no Rio Grande do Norte. A abertura oficial da Arena está marcada para o dia 22 de janeiro, às 17h, em solenidade restrita a convidados, com presença da presidenta Dilma Rousseff, que fará o tradicional corte da fita. Na ocasião, o estádio receberá a exposição "Natal Pintando a Copa de 2014", com obras de renomados artistas potiguares.

A Exposição ficará no hall de entrada do estádio, com uma mostra de obras que retratam a Copa No Brasil. A presidente Dilma Rouseff receberá um quadro do médico e artista plástico Iaperi Araújo.

“A exposição está muito bela e além de representar a arte potiguar de maneira  expressiva, também revela o deslumbramento, os sentimentos e as expectativas dos artistas em relação ao mundial de futebol”, disse Isaura Rosado.

Integram a exposição os artistas Assis Costa, Bia Rocha, Carlos Sérgio Borges, Clarissa Torres, Cristina Jácome, Dione Caldas, Djalma Paixão, Dorian Gray, Etelânio, Fernando Gurgel, Flavio Freitas,  Francisco Iran,  Guaraci Gabriel Campos, Isaias Ribeiro da Silva, Ivanize Lima do Vale, Lourdinete Albuquerque, Marcellus Bob, Marcelo Amarelo, Miguel Carcará, Nôra, Pedro Ivo, Ricardo Veriano, Rosa MC, Vatenor, Vicente Vitoriano,  Wagner di Oliveira, Iaperi Araújo, Sayonara Pinheiro, Novenil Barros e Eri Medeiros.

Fonte: Tribuna do Norte

ARENA DAS DUNAS PRONTA PARA INAUGURAÇÃO




A abertura do estádio ARENA DAS DUNAS na capital potiguar acontecerá nesta quarta-feira, dia 22, com presença da presidente Dilma Rousseff. A Arena das Dunas é uma das 12 sedes para a Copa do Mundo deste ano, que acontecerá entre os dias 12 de junho e 13 de julho, no Brasil. 



A Fifa confirmou a presença do secretário-geral Jérônimo Valcke. O dirigente da principal entidade do futebol mundial virá ao País na próxima segunda-feira, passará por São Paulo, Cuiabá e Manaus e, entre outras atividades, participará da inauguração da Arena das Dunas em Natal.




Foto: Canindé Soares


DIRETOR DO VOX POPULI: DILMA JÁ GANHOU ELEIÇÃO DE 2014


O sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, diz que a presidente Dilma Rousseff é favorita absoluta na disputa eleitoral deste ano, em se considerando os cenários políticos de pesquisas e avaliações do primeiro ano eleitoral das duas últimas décadas; "considerando o cenário provável, Dilma tem, nas pesquisas recentes, mais vantagem que Fernando Henrique em 1998 e Lula em 2002 e 2006, em momento semelhante", diz; ele ressalva que em janeiro de 2010, Serra aparecia em primeiro, mas a leitura das pesquisas já apontava o crescimento de Dilma e as intenções do eleitorado; da mesma forma, em 1989, quando, embora Collor não fosse o primeiro colocado nas pesquisas, o desejo do eleitor era por um nome novo dissociado dos partidos tradicionais.

Desde o fim da ditadura, em todas as eleições que fizemos, as pesquisas disponíveis em janeiro conseguiram antecipar o que as urnas mostraram.

Em três, os favoritos no início do ano eleitoral terminaram vencendo. Em janeiro de 1998, Fernando Henrique Cardoso liderava e nenhum adversário apresentava fôlego para derrotá-lo. Lula chegou a quase empatar nas pesquisas de junho, mas a vantagem do tucano prevaleceu.

Nas duas oportunidades em que Lula teve sucesso, a mesma coisa: em janeiro de 2002, obtinha índices parecidos à votação que recebeu no primeiro turno. José Serra, Anthony Garotinho e Ciro Gomes, cada um de sua vez, cresceram, mas nenhum se firmou. Quatro anos mais tarde, algo semelhante. De janeiro de 2006 para a frente, o petista nunca perdeu a dianteira.

Em 1989, 1994 e 2010 o líder de janeiro não venceu. Mas, adequadamente interpretadas, as pesquisas identificaram o que acabou acontecendo. A eleição mais difícil de prever foi a primeira. Ninguém apostava na vitória de Fernando Collor.

Era, no entanto, uma hipótese admissível. O desejo de renovação do eleitorado, sua disposição para o risco, a rejeição ao governo José Sarney, tudo se conjugava para torná-la possível. Feitas em maio de 1988 e janeiro de 1989, pesquisas da Vox Populi indicavam que quase 40% do eleitorado queria votar em "um candidato novo, desvinculado dos partidos tradicionais". Collor surgiu como oferta para aquela procura.

Em 1994, o fraco desempenho de Fernando Henrique nas pesquisas de janeiro só enganava quem desconhecia a formidável armação em curso. Nada menos que um plano anti-inflacionário havia sido sincronizado com o calendário eleitoral, de forma a turbinar a candidatura do ministro da Fazenda que por ele era responsável.

(E ainda há quem, na oposição hoje, se diga "indignado" quando, por exemplo, o governo Dilma Rousseff anuncia, para 2014, metas mais ambiciosas para programas como o Minha Casa Minha Vida, achando que é "intervenção" do governo na eleição. Quem viu o tamanho da "intervenção" que foi o Plano Real só pode achar cômica a acusação.)

Quanto a 2010, a vantagem que Serra apresentava em janeiro tinha a consistência de uma quimera, na qual talvez apenas seus amigos na "grande imprensa" acreditavam. Qualquer um medianamente versado na análise de pesquisas percebia que Dilma seria eleita.

Assim, em todas nossas eleições modernas, seja quando apontaram o nome do vencedor, seja quando deixaram claros os sentimentos com que o eleitorado estava indo para as urnas, as pesquisas feitas a distância em que estamos da eleição foram capazes de mostrar o que terminou por ocorrer.

Há alguma razão para imaginar que, em 2014, será diferente? Considerando o cenário provável (em que enfrentaria Aécio Neves, pelo PSDB, e Eduardo Campos, pelo PSB) Dilma tem, nas pesquisas recentes, mais vantagem que Fernando Henrique em 1998 e Lula em 2002 e 2006, em momento semelhante. Seus 42% superam os 35% do tucano e os 30 e poucos pontos porcentuais de Lula em janeiro daqueles anos (dados do Datafolha e do Ibope).

Ou seja: se repetirmos, este ano, o padrão daquelas eleições (das quais duas de reeleição), ela deve ser considerada favorita absoluta.

Poderíamos, ao contrário, ter algo análogo às eleições de 1989, 1994 e 2010?
Nada indica que exista hoje um sentimento parecido àquele da primeira. O eleitor brasileiro típico não aceita aventurar-se na procura de mudanças vagas e calcula que tem muito a perder se acreditar na conversa de candidatos que mal sabem quem são. Um "novo Collor" é, a bem dizer, impossível.

Existe, nas oposições, alguém que possa ser um "novo Fernando Henrique"? Têm elas instrumentos para voltar a fabricar um personagem como aquele de 1994? Fora do governo, é certo que não.
Caberia pensar em uma "nova Dilma", um nome de desempenho modesto nas pesquisas atuais, mas apoiado por uma liderança do calibre de Lula, capaz de superar qualquer adversário?
Não. O que Aécio enfrenta são problemas com seus correligionários. Eduardo Campos conta, no máximo, com o endosso de Marina Silva, que, comparada a Lula, é uma força miúda.

Sempre é possível que o inesperado aconteça. Mas o provável é que as pesquisas de agora sejam confirmadas em outubro, como nas eleições anteriores.


Fonte: Portal 247

domingo, 12 de janeiro de 2014

EXPOSIÇÃO NO RECIFE RETRATA UNIVERSO DO ARTESÃO ZÉ DO MESTRE

Retrato de vaqueiro reproduz traje típico que Zé do
Mestre faz
Depois de passar por cidades do interior pernambucano, chega ao Recife, nesta sexta-feira (6), a exposição que retrata o universo do artesão, poeta e aboiador de 81 anos e um dos únicos do Sertão do estado a confeccionar o traje típico do vaqueiro, José Luiz Barboza, mais conhecido como Zé do Mestre. A mostra será aberta no Centro Cultural Correios, no Bairro do Recife, a partir das 19h, e fica em cartaz até 23 de fevereiro. A entrada é de graça.

A exposição reúne fotos, trilha sonora, vídeo, um gibão dos anos 1950 e indumentárias em couro, que retratam detalhes da vida, do cotidiano e do ofício de Zé do Mestre. Ele nasceu no Sítio Cacimbinha, zona rural do município de Salgueiro, onde vive e trabalha até hoje com a colaboração de sua mulher, Dona Toinha, filhos e netos. Aprendeu a arte da confecção com o pai e hoje, com mais de 72 dedicados ao ofício, soma mais de três mil vestimentas produzidas. Uma delas foi até  ofertada ao amigo e ídolo Luiz Gonzaga.

"O Sertão de Zé do Mestre", que tem curadoria de Ticiano Arraes, segue um roteiro. Os visitantes começam observando materiais, ferramentas e técnicas utilizadas por Zé do Mestre, além do gibão. Em seguida, os registros do fotógrafo Josivan Rodrigues mostram como a matéria-prima utilizada na indumentária é curtida, cada etapa do processo de confecção e a reprodução da mesa de trabalho deste alfaiate dos ternos de couro.

Artesão se dedica há mais de 70 anos ao ofício com vigor
Depois, é hora de tratar sobre o universo do vaqueiro, a fé sertaneja e a importância da indumentária enquanto couraça. Neste espaço, além de imagens da tradicional Missa do Vaqueiro, em Serrita, no Sertão de Pernambuco, e de uma "pega de boi", serão expostos retratos de vaqueiros e das indumentárias marcadas pelo uso, que refletem a coragem e ousadia dos sertanejos que se dedicam à profissão.

Os visitantes podem ainda assistir a um documentário dirigido por Tila Chitunda, produzido especialmente para a exposição, e ver fotografias da intimidade do artesão em família, no Sítio Cacimbinha. A mostra conta com monitores, e as escolas e grupos de artesãos podem agendar visitas.

Serviço
"O Sertão de Zé do Mestre"
Abertura: sexta (6), às 19h
Visitação: sábado (7) a 23 de fevereiro; de terça a sexta, das 9 às 18h, e sábado e domingo, das 12 às 18h
Entrada gratuita

Fonte:  G1 PE
Fotos:Josivan Rodrigues 

UM LUGAR PARA CHAMAR DE SEU


Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento? Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.

Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista. E então? Somando os prós e contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo? Meu palpite: dentro de um abraço. Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso. O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.

Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beira-mar, deitado num parque olhando para o céu…

Alguns consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. Recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste”.

Martha Medeiros

SENSACIONAL!!!!! Emilio Santiago - O Melhor das Aquarelas.

sábado, 11 de janeiro de 2014

SIMONE DE BEAUVOIR: O QUE É SER MULHER?


Hoje 09/01/2014 é o aniversário de Simone de Beauvoir. Se estivesse viva, ela faria 104 anos. É dela uma das principais frases do movimento feminista: “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” A mulher não tem um destino biológico, ela é formada dentro de uma cultura que define qual o seu papel no seio da sociedade. As mulheres, durante muito tempo, ficaram aprisionadas ao papel de mãe e esposa, sendo a outra opção o convento. Porém, a própria Simone rompe com esse destino feminino e faz de sua vida algo completamente diferente do esperado para uma mulher.

Nascida em uma família da alta burguesia francesa, Simone era a mais velha de duas filhas. Durante sua infância a família faliu e, por considerar que as filhas não conseguiriam bons casamentos, pois não havia dinheiro para um bom dote, George de Beauvoir se convenceu de que somente o sucesso acadêmico poderia tirar as filhas da pobreza.

De fato, Simone de Beauvoir teve mais poder de escolha que muitas mulheres de sua época. A educação e o desenvolvimento acadêmico são até hoje maneiras de forjar mulheres mais independentes, que rompem com os padrões de sua época. Ela faz uma crítica aos valores burgueses nos quais foi criada no livro “Memórias de uma moça bem comportada”.

Simone de Beauvoir tinha 41 anos quando publicou “O Segundo Sexo”, em 1949. Já naquela época a obra levantou inúmeras polêmicas. Uma das principais acusações é que Simone ridicularizava os homens. Isso é uma acusação que muitos usam contra o feminismo. Porém, as pessoas parecem não querer compreender o que realmente se passa na vida das mulheres e como todo o poder está concentrado nas mãos dos homens. “O Segundo Sexo” não é uma fonte historiografica para conhecer a história da mulher desde a antiguidade. É uma obra de inspiração, fundamental para descortinar a maneira pela qual as mulheres são criadas justamente para serem menos que os homens. Você pode baixar “O Segundo Sexo” em .pdf no blog Livros Feministas.

Lendo algumas das críticas que foram feitas a “O Segundo Sexo”, muitas parecem absurdas, mas ainda lemos opiniões conservadoras e moralizantes em diversos cadernos de opinião da mídia brasileira, especialmente quando se trata da sexualidade feminina. Entre seus críticos estava François Mauriac, escritor francês, que em uma de suas enquetes no Figaro Littéraire perguntou: “Estaria a iniciação sexual da mulher no seu devido lugar no sumário de uma revista literária e filosófica séria?” A questão dividiu os intelectuais. Para muitos “O Segundo Sexo” é um “manual de egoísmo erótico,” recheado de “ousadias pornográficas”; não passa de “uma visão erótica do universo”, um manifesto de “egoísmo sexual.” Jean Kanapa insiste: “Mas sim, pornografia. Não a boa e saudável sacanagem, nem o erotismo picante e ligeiro, mas a baixa descrição licenciosa, a obscenidade que revolta o coração.” A polêmica mistura tudo. A contracepção e o aborto são ligados nas mesmas frases às neuroses, ao vício, à perversidade, e à homossexualidade. Segundo uma carta da enquete, “a literatura de hoje é uma literatura de esnobes, de neuróticos e de impotentes.” Claude Delmas deplora “a publicação por Simone de Beauvoir dessa enjoativa apologia da inversão sexual e do aborto.” Pierre de Boisdeffre em Liberté de l’ésprit assinala “o sucesso de O Segundo Sexo junto aos invertidos e excitados de todo tipo.” Leia mais em O Auê do Segundo Sexo de Sylvie Chaperon, publicado no Cadernos Pagu 12, de 1999.

Nenhuma obra, literária ou acadêmica, de Simone de Beauvoir foi recebida com indiferença. Sua principal contribuição é sempre propor a discussão democrática e as rupturas das estruturas psíquicas, sociais e políticas. Por ser escrito por uma mulher e para mulheres, “O Segundo Sexo” levanta diversas questões, até mesmo no meio literário. Há muito tempo a literatura classificada como feminina é sinônimo de textos sem grande aprofundamento teórico. Além disso, não era comum tratar de assuntos como sexualidade, maternidade e identidades sexuais, mesmo na França do pós-guerra.
Em 2009, Fernanda Montenegro estreou a peça “Viver Sem Tempos Mortos”, baseada nas cartas autobiográficas de Simone de Beauvoir. A temporada de 2011 foi encerrada em dezembro, mas há a possibilidade da peça reestrear novamente no futuro. Em entrevista a Revista Bravo, Fernanda Montenegro respondeu algumas perguntas sobre sua relação com a obra de Beauvoir:
Qual o primeiro livro dela que você leu?

Foi O Segundo Sexo, que saiu em 1949 e se transformou num clássico da literatura feminista, sobretudo por apregoar que as mulheres não nascem mulheres, mas se tornam mulheres. Ou melhor: que as características associadas tradicionalmente à condição feminina derivam menos de imposições da natureza e mais de mitos disseminados pela cultura. O livro, portanto, colocava em xeque a maneira como os homens olhavam as mulheres e como as próprias mulheres se enxergavam. Tais ideias, avassaladoras, incendiaram os jovens de minha geração e nortearam as nossas discussões cotidianas. Falávamos daquilo em todo canto, nos identificávamos com aquelas análises. Simone, no fundo, organizou pensamentos e sensações que já circulavam entre nós. Contribuiu, assim, para mudar concretamente as nossas trajetórias.
De que modo alterou a sua?

Sou descendente de italianos e portugueses, um pessoal muito simples, muito batalhador, e me criei nos subúrbios cariocas. Desde cedo, conheci mulheres que trabalhavam. E reparei que, entre os operários, na briga pela sobrevivência, os melindres do feminino e as prepotências do masculino se diluíam. Era necessário tocar o barco, garantir o sustento da família sem dar bola para certos pudores burgueses. Nesse sentido, a pregação feminista de que as mulheres deviam ir à luta profissionalmente não me impressionou tanto. Um outro conceito me seduziu bem mais: o da liberdade. A noção de que tínhamos direito às nossas próprias vidas, de que poderíamos escolher o nosso rumo e de que a nossa sexualidade nos pertencia. Eis o ponto em que o livro de Simone me fisgou profundamente. Lembro-me de quando vi pela primeira vez a cena da bomba atômica explodindo. Ou de quando me mostraram as imagens dos campos de concentração nazistas. O impacto negativo que aquilo me causou foi parecido com o impacto positivo que O Segundo Sexo exerceu sobre mim. Garota, já suspeitava que não herdaria o legado de minha mãe e de minhas avós, que não caminharia à sombra masculina. O livro de Simone me trouxe os argumentos para levar a suspeita adiante. Continue lendo em A vida é um demorado adeus.

Justamente por ter uma lógica própria de se colocar no mundo, Simone decidiu escrever “O Segundo Sexo” ao perceber que nunca havia se perguntado: o que é ser mulher? Essa continua sendo uma pergunta atual, que deve ser feita por todas nós em algum momento da vida.

Por Bia Cardoso
Do Blog BlogueirasFeministas

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PT LANÇA ATAQUE PESADO CONTRA EDUARDO CAMPOS VIA FACEBOOK



O Partido dos Trabalhadores resolveu abrir a caixa de ferramentas de vez e lançou o primeiro ataque oficial ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), provável adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais deste ano. Na página oficial da instituição no Facebook, diz entre outras coisas que o avô do socialista, Miguel Arraes, "faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto".

O ataque segue dizendo que Eduardo Campos é um produto dos investimentos realizados por Lula, quando ainda presidente, em Pernambuco, como: Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, a criação de sete escolas técnicas federais, ou ainda as obras da transposição do Rio São Francisco e da Transnordestina.
E também direciona a artilharia para a aliança realizada por Eduardo com a Rede Sustentabilidade, encabeçada por Marina Silva: "Como até os tubarões de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina é se viabilizar como cabeça da chapa presidencial pretendida pelo PSB, é bem capaz que o governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu".

Por fim, relembra o caso da exoneração do ex-secretário de Defesa Social do Estado Wilson Damázio, em dezembro passado. "Arrisca-se, agora, a ser lembrado por ter mantido entre seus quadros um secretário de Segurança Pública, Wilson Damázio, que defendeu estupradores com o argumento de que as meninas pobres do Recife, obrigadas a fazer sexo oral com marginais da Polícia Militar, assim agiam por não resistirem ao charme da farda".

Fonte: Jornal do Commercio
Foto: Edmar Melo



sábado, 4 de janeiro de 2014

CHAPA CAFÉ-COM-LEITE... AÉCIO-FHC... PARA PEITAR EDUARDO


Uma chapa café com leite, como era típico na Velha República, está se impondo ao PSDB. Mineiro de quatro costados, o presidenciável Aécio Neves já percebeu que as circunstâncias das eleições de 2014 estão mudando rapidamente, e que será preciso acompanhar o ritmo para não ficar para trás. Um vice paulista é a solução. Hoje, o nome, paradoxalmente, é do carioca Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente cuja carreira política foi toda ela desenvolvida em São Paulo.

O ímã que desbalanceia a bússola política de Aécio está no arranjo ensaiado entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva. Eles se acertaram em torno de uma chapa puro sangue no PSB. A consolidação desse movimento, a ser anunciado formalmente em fevereiro, atinge frontalmente a estratégia do presidente tucano. Aécio precisa avaliar seriamente a ideia de ter um paulista – e tucano - em sua companhia, para recuperar o terreno perdido pela manobra em curso no campo de adversário mais amistoso (e perigoso) que ele conheceu. FHC vem a calhar para combater o astuto Eduardo Campos.

FHC É A SOLUÇÃO

Entre o staff de Aécio, como apurou 247, o nome de Fernando Henrique não é apenas bem-vindo, mas encarado como uma solução do tipo luva sob medida para desatar o nó do presente momento.

Em primeiro lugar, o anúncio de uma chapa Aécio-FHC dominaria as atenções da mídia e poderia galvanizar o debate nos primeiros meses do ano. Além de ser uma simples resposta à união no PSB, mostraria que também os tucanos têm sua própria artilharia pesada. De quebra, acentuaria a polêmica com a principal adversária da corrida eleitoral, a presidente Dilma Rousseff.

Com seu poder de argumentação, ninguém melhor que FHC para defender sua própria gestão de oito anos no Brasil. Já não há dúvida, neste sentido, de que tanto a administração de Dilma, como também as de Lula e de FHC estarão em questão neste ano. Talvez mais que apontar soluções para o futuro, como gostaria a oposição, o grande debate em torno das eleições de outubro será a respeito do que se fez até aqui, quem fez mais, quem fez menos, quem fez por quem ou deixou de fazer.

SEGURAR SERRA

Para o PSDB, escolher um vice para Aécio saído das próprias fileiras tucanas em São Paulo seria um bálsamo. Teria o poder, de saída, de aplacar a dissidência interna promovida pelo ex-governador José Serra, que não para um minuto de disparar farpas contra Aécio. Talvez com um único amigo na política dos dias de hoje – FHC --, Serra estancaria suas críticas diante do constrangimento de desagradar o velho parceiro, de quem foi ministro do Planejamento e da Saúde. A aliança, ainda, tranquilizaria o governador Geraldo Alckmin, que veria reforçadas suas chances de reeleição – e, assim, finalmente, poderia descer do muro em apoio a Aécio.

Nos demais Estados, os próprios tucanos reconhecem que, à exceção de poucos nomes, não tem ninguém melhor para concorrer. Entre as alianças possíveis, todos os partidos disponíveis parecem atraídos pela máquina do governo Dilma ou pelo poder de atração da aventura Eduardo-Marina.

O movimento natural das coisas pode levar o PSDB a encontrar no próprio PSDB a sua melhor solução.  (Portal BR 247)
Escrito por Magno Martins

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

AMAR O JORNALISMO, CRITICAR A IMPRENSA



 Luciano Martins Costa

Observatório da Imprensa: A imprensa brasileira funciona como um partido de oposição, mais eficiente, estruturado, coeso e determinado do que as agremiações políticas oficiais. Mas não se trata de um partido de oposição à aliança que governa o Brasil desde 2003: é uma organização política que em muitos aspectos se assemelha ao Tea Party americano, ou seja, um sistema estruturante do pensamento mais conservador que frequenta o espaço público.

Se o governo federal estivesse nas mãos do PSDB, e este atuasse como um partido socialdemocrata nos moldes europeus, a imprensa teria uma atitude semelhante, de oposição.

As evidências do comportamento enviesado da mídia tradicional, aquela que domina a agenda institucional e serve à indústria cultural, são muitas e foram consolidadas paralelamente a um processo de empobrecimento da atividade jornalística nas últimas décadas. O processo é longo, foi marcado por disputas cruentas no interior das redações no período imediatamente posterior à redemocratização, e afinal vencido pelo conservadorismo no início deste século.

O fato de o Partido dos Trabalhadores ter alcançado o poder federal na mesma época é daquelas ironias da história observadas pelo historiador Isaac Deutscher ao analisar o comunismo dos anos 1960.

A controvérsia em torno desse comportamento da imprensa se sustenta precariamente no fato de que a maioria dos analistas se prende à relação entre os principais veículos de informação e o núcleo de poder ligado ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Um operário na Presidência significou, para as famílias que ainda controlam as empresas de comunicação, uma ofensa tão grande quanto tem sido, para a elite conservadora dos Estados Unidos, a ascensão de um negro ao cargo mais alto daquela nação.

Essa relação de ódio e negação se estende por tudo que estiver ligado a esse evento histórico: o fato de a democracia brasileira ter evoluído ao ponto de eleger presidente um operário com pouca educação formal. Não é o PT que a imprensa odeia e despreza: é o processo democrático, que permitiu essa “aberração”.

Não por acaso, os leitores típicos dos jornais e de publicações como Veja e Época manifestam costumeiramente sua baixa apreciação pelo “povo” e sua capacidade de discernimento, como se pode observar nas seções de cartas e comentários.

Jornalismo em crise
Criticar a imprensa, denunciando o jornalismo partidário, é na verdade uma demonstração de respeito ao jornalismo e à imprensa, como ela deveria ser.

Defender a imprensa como ela é e conformar-se com o jornalismo de quinta categoria que tem sido imposto aos brasileiros, de forma geral, é sintoma de alienação, ou, pior, recurso de malabarismo intelectual para preservar a reputação sem cair no index do sistema da mídia.

Louve-se: é preciso muito jogo de cintura para salvar a ficção da objetividade sem ter as portas fechadas pelas redações. No entanto, chegamos ao ponto em que não há subterfúgios, pois a escolha da imprensa hegemônica está destruindo o jornalismo de qualidade no Brasil.

Concretamente, o jornalismo brasileiro é pior, hoje, do que há vinte anos? A resposta é: sim, piorou não apenas a qualidade do jornalismo no Brasil, mas também a qualificação dos jornalistas, de modo geral, e a própria noção do valor social da atividade jornalística.

Uma pesquisa coordenada pela professora Roseli Fígaro na USP constatou essa realidade: o jornalismo brasileiro está imerso em profunda crise. Um artigo publicado na quinta-feira (2/1) pela Agência Fapesp atualiza alguns aspectos desse estudo. O texto afirma explicitamente que “os produtos jornalísticos impressos, televisivos ou radiofônicos são feitos de maneira completamente diferente do que há cerca de vinte anos”.

A mudança foi para pior, segundo a pesquisa, provocada principalmente por uma reestruturação produtiva nas redações, com o aumento do número de jornalistas sem registro profissional e o afastamento dos profissionais mais experientes.

A desconstrução do jornalismo foi feita pedra por pedra, e não é apenas fenômeno causado pelas novas tecnologias de comunicação, mas por uma escolha estratégica das empresas. Trata-se de um processo que corre paralelo ao projeto conservador de poder, que, não podendo eventualmente ser realizado pelas vias partidárias, porque o eleitorado parece rejeitar suas propostas, passa a atuar pelo sistema da mídia.
Simples assim.

Fonte: Blog da Dilma
Escrito por Daniel Pearl Bezerra

POÉTICA DE ALEXANDRE LUCAS




Meu corpo arqueia em delírios
Ao pensar no teu toque
Acho-me em tua boca
Pele
Coxa
Seio
Ventre
E no teu gosto gemido
Entre línguas e pedidos
Adentro no teu espaço
Cedido para encontrar com a lua, às estrelas e dançar com o sol.

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Engula-me com vontade
Somente me inclua
Quando se fizer mar dentro de ti
E teus olhos brilharem como cristal
teus dentes morderem teus lábios
e teus braços quiserem a performance dos meus abraços.

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Enquanto chove
Pingo sobre a pele o nosso deleite
Teus olhos cansados pedem silêncio
Teu corpo ainda trepida
Entre pausas e gemidos
Leves sorrisos
E um lençol de gozo queridos.

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Enquanto no corredor
Cruzavam pessoas
Estava ali sentada de pernas cruzadas
Friccionadas, em ponto de fervor
lendo um poema erótico
Que desenhava em palavras
O desejo de dedilhar
De pensar em abusar
E de nos lambuzar
Sentir sem cessar
A tua voracidade
Em te saborear
Assim o poema acabar
apavorado de desejo.

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Sinto a tua língua presente
Na racionalidade de teu prazer insano
O decote das tuas vontades foi rasgado
Põe-se nua e decisiva,
Agasalha freneticamente minha metade
Trêmula e insaciada
Galopa até as estrelas.
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Na calmaria da noite quente
Os pudores desejaram
A nudez da sacanagem
Selvagem ,
A carícia firme do teu mexido
Tua voz compassada e despolida
A palpitação do teu gozo
O teu coração e o teu gemido
Delicioso.
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Debulhar com cuidado e sem pressa
Cada botão do contorno do teu corpo
Sentir a profundeza da tua respiração
E o abraço dos teus olhos
A tua pele doce sendo percorrida
A língua sendo navegante
No êxtase da cumplicidade
Desaguados nos caminhos do amor


Alexandre Lucas


  

"DILMA SERÁ DIFÍCIL DE SER BATIDA", DIZ REVISTA BRITÂNICA


Habituada a publicar previsões pessimistas sobre a economia brasileira, a revista britânica The Economist faz uma análise sobre o cenário político de 2014 no Brasil que favorece a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição. De acordo com a publicação, apesar de precisar enfrentar uma série de desafios ao longo do ano, como as críticas da oposição à sua gestão econômica – o que já vinha ocorrendo em 2013 – e a garantia de sucesso da Copa do Mundo, que será sediada no Brasil, Dilma 'será difícil de ser batida' – 'will be hard to beat', em inglês.

A reportagem lembra que o apoio à presidente Dilma, que sofreu queda durante as manifestações de junho, voltou a crescer meses depois, chegando a 47%, contra 30% de seus dois principais futuros adversários (somados), o senador Aécio Neves, do PSDB, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB. O texto lembra também que a estratégia da maioria dos eleitores brasileiros é votar em quem está à frente nas pesquisas. Se atualmente favorece Dilma, o fato também pode ser um risco para a petista se um dos candidatos começar a avançar significativamente.

Segundo a The Economist, 'nenhum dos prováveis adversários de Dilma Rousseff está fazendo campanha a sério', sendo que o PSDB de Aécio Neves enfrenta ainda um grande problema no importante estado de São Paulo: é acusado de corrupção e superfaturamento em contratos públicos com os trens do Metrô e da CPTM. As denúncias vêm pouco tempo depois de milhões de brasileiros terem ido às ruas em protestos que começaram com o pedido de que fosse mantida a tarifa do transporte público e melhorada a qualidade nesse setor. Segundo a revista, 'o espírito de junho ainda está vivo'.

A verdade, de acordo com a revista britânica, é que as 14 milhões de famílias pobres beneficiárias do programa Bolsa Família são certamente apoiadoras de Dilma. Prova da força desse eleitorado foi o rumor, em maio, de que o programa iria acabar, causando muita confusão em cidades carentes do Nordeste. Outras iniciativas, como a importação de profissionais estrangeiros pelo programa Mais Médicos, foram altamente aprovadas pelas massas. 'Apesar da fome dos brasileiros por mudança, os adversários terão de convencer os eleitores de que muitas políticas permanecerão as mesmas, se um deles ganhar', conclui a 

publicação. (Do Portal 247)
Escrito por Magno Martins