PREFEITURAS TERÃO ANISTIA DE DÍVIDAS E AINDA RECEBERÃO MUITOS RECURSOS. E O POBRE?
Os problemas sociais existem em todo o Nordeste, mas a culpa pela miséria da região sempre recaiu sobre o fenômeno das secas. De fato, elas muitas vezes inviabilizam as atividades econômicas no sertão, dizimando o gado e fazendo com que os sertanejos deixem suas terras em busca de melhores condições de vida. Mas a seca não é a única responsável por toda a situação. Questões como a distribuição de renda e de terras costuma ser deixadas de lado nas discussões. Durante anos, grupos políticos e econômicos aproveitaram-se do flagelo da região em benefício próprio. Divulgando situações de calamidade pública, essa elite vem conseguindo importantes ajudas governamentais, como anistia das dívidas, verba de emergência e renegociação de empréstimos. Tais auxílios nem sempre beneficiam a população afetada pela estiagem. Muitas vezes, o dinheiro público é usado para a construção de açudes e para o desenvolvimento de projetos de irrigação que trazem benefícios apenas para os próprios dirigentes. Tudo isso caracteriza a chamada “indústria da seca”, ou seja, uma série de medidas que eternizam o problema para impedir que o auxílio desapareça.
Trata-se de um fenômeno político segundo o qual,
latifundiários nordestinos e seus aliados políticos nas diversas esferas de
governo utilizam a seca para angariar recursos públicos a pretexto de
combatê-la. Tais recursos são aplicados em benfeitorias em suas propriedades
particulares, como por exemplo, a utilização de “frentes de trabalho”,
pagas pelo governo, para construir açudes em suas terras. Não raro, os recursos
são desviados para finalidades distintas das atividades agropecuárias ou
combate à seca. Finalmente, o mesmo argumento da seca é utilizado para não
pagarem as dívidas contraídas. Desta forma, os recursos governamentais
destinados ao combate à seca não atingem a população que é mais castigada,
beneficiando às elites locais. Como conseqüência, políticas mais eficazes são
proteladas, uma vez que é do interesse dos latifundiários a eternização do problema.
Junto a isto, está o voto de cabresto, no qual as mercadorias vindas em prol da seca são desviadas e usadas pelos “industriais da seca”, para comprar votos dando-as aos latifundiários, fazendo com que eles peçam aos seus trabalhadores que votem no político o qual lhe deu a mercadoria. Algumas soluções para à seca foram formuladas, entretanto, têm-se interesse na continuidade do problema, para que a população continue apoiando os políticos através da venda de votos.
Essa “indústria” aumentou ainda mais as disparidades entre proprietários e trabalhadores rurais.
Junto a isto, está o voto de cabresto, no qual as mercadorias vindas em prol da seca são desviadas e usadas pelos “industriais da seca”, para comprar votos dando-as aos latifundiários, fazendo com que eles peçam aos seus trabalhadores que votem no político o qual lhe deu a mercadoria. Algumas soluções para à seca foram formuladas, entretanto, têm-se interesse na continuidade do problema, para que a população continue apoiando os políticos através da venda de votos.
Essa “indústria” aumentou ainda mais as disparidades entre proprietários e trabalhadores rurais.
Fonte: blog do professor Escolástico Paulino
Nenhum comentário:
Postar um comentário