Moradores de diversos sítios de Serrita, como Caruá no Pé de Serra, São Francisco do Brígida, vêm denunciando uma situação alarmante: a ausência de ambulâncias para atender casos de urgência e emergência nas comunidades rurais. Segundo relatos, já faz bastante tempo que as localidades estão sem ambulância, e quando alguém adoece e liga para o hospital de Serrita em busca de socorro, a resposta é sempre a mesma: "não temos ambulância disponível".
A revolta entre os moradores cresce a cada dia. Muitos afirmam que, enquanto para os eventos de "pega de boi" — tradicionais na cidade — a prefeitura libera duas ambulâncias rapidamente para atender possíveis ocorrências, para as necessidades básicas de saúde da população rural não há o mesmo empenho. "Quando é para festa, tem ambulância sobrando. Mas quando é para salvar a vida de um agricultor, não tem nenhuma", reclamou uma moradora do São Francisco do Brígida.
Sem ambulância, a solução tem sido pedir socorro a vizinhos que possuam carro próprio. Um risco enorme, especialmente em casos graves em que cada minuto é crucial. "É um descaso completo. A gente se sente abandonado. Se não tiver quem leve, a pessoa morre esperando" comentou outo morador.
As críticas também se estendem ao prefeito Aleudo Benedito e à Secretaria de Saúde do município. No São Francisco do Brígida, moradores apontam que, enquanto a prefeitura investe em obras de calçamento — que têm grande visibilidade —, a saúde pública continua em estado crítico. "Obra aparece, né? Dá foto, dá vídeo para postar nas redes, fazer propaganda, dá inauguração. Saúde não aparece, mas é o que a gente mais precisa", comentou outro morador.
Diante desse cenário, a população clama por providências urgentes. Exigem que o prefeito e a Secretaria de Saúde tomem medidas imediatas para restabelecer o atendimento de ambulâncias nas comunidades, garantindo o mínimo de dignidade e segurança para quem vive na zona rural.
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