sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

POÉTICA DE ALEXANDRE LUCAS




Meu corpo arqueia em delírios
Ao pensar no teu toque
Acho-me em tua boca
Pele
Coxa
Seio
Ventre
E no teu gosto gemido
Entre línguas e pedidos
Adentro no teu espaço
Cedido para encontrar com a lua, às estrelas e dançar com o sol.

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Engula-me com vontade
Somente me inclua
Quando se fizer mar dentro de ti
E teus olhos brilharem como cristal
teus dentes morderem teus lábios
e teus braços quiserem a performance dos meus abraços.

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Enquanto chove
Pingo sobre a pele o nosso deleite
Teus olhos cansados pedem silêncio
Teu corpo ainda trepida
Entre pausas e gemidos
Leves sorrisos
E um lençol de gozo queridos.

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Enquanto no corredor
Cruzavam pessoas
Estava ali sentada de pernas cruzadas
Friccionadas, em ponto de fervor
lendo um poema erótico
Que desenhava em palavras
O desejo de dedilhar
De pensar em abusar
E de nos lambuzar
Sentir sem cessar
A tua voracidade
Em te saborear
Assim o poema acabar
apavorado de desejo.

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Sinto a tua língua presente
Na racionalidade de teu prazer insano
O decote das tuas vontades foi rasgado
Põe-se nua e decisiva,
Agasalha freneticamente minha metade
Trêmula e insaciada
Galopa até as estrelas.
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Na calmaria da noite quente
Os pudores desejaram
A nudez da sacanagem
Selvagem ,
A carícia firme do teu mexido
Tua voz compassada e despolida
A palpitação do teu gozo
O teu coração e o teu gemido
Delicioso.
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Debulhar com cuidado e sem pressa
Cada botão do contorno do teu corpo
Sentir a profundeza da tua respiração
E o abraço dos teus olhos
A tua pele doce sendo percorrida
A língua sendo navegante
No êxtase da cumplicidade
Desaguados nos caminhos do amor


Alexandre Lucas


  

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