quarta-feira, 3 de julho de 2024

PREFEITO DE SERRITA, O ASSASSINO DA MISSA DO VAQUEIRO

 Patrimônio imaterial de Pernambuco, conforme validou o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Nacional), a Missa do Vaqueiro, realizada em Serrita desde 1970, está na iminência de sofrer um golpe, na verdade um estrupo cultural violento. Por iniciativa do prefeito Aleudo Benedito (MDB), a Câmara de Vereadores vota, hoje, projeto que transforma o evento na Festa de Jacó.

Uma barbaridade! No fundo, o prefeito, por birra política, quer atingir a Fundação Padre João Câncio, presidida por Helena Câncio. Insensível, o prefeito já canta vitória ante o silêncio dos poderes públicos. O que diz o Governo Raquel Lyra? O Parque Estadual Padre João Câncio é de propriedade da Empetur. Se a Câmara se submeter aos caprichos do prefeito-coronel, a Missa vai deixar de ser um bem dos pernambucanos, virando massa de manobra política e eleitoreira.
nome da instituição que promove a Missa do Vaqueiro é uma homenagem ao seu idealizador. O evento faz parte, há muito tempo, do calendário turístico do Estado. Realizada a céu aberto, a missa se dá em sufrágio da alma de Raimundo Jacó, tendo como cenário o Parque Nacional do Vaqueiro, no sítio Lajes, zona rural de Serrita.
A celebração teve origem a partir da comoção causada pelo assassinato impune do vaqueiro Raimundo Jacó, encontrado morto em Julho de 1954 no sítio Lages. João Câncio, então pároco de Serrita, em uma de suas andanças pelas comunidades rurais da paróquia, ao passar pelo local onde o cadáver de Jacó havia sido encontrado, foi informado do crime que ali ocorrera e da comoção que ele causara no seio da comunidade.
O HERÓI JACÓ – Primo do Rei do Baião, Raimundo Jacó Mendes morreu no dia 8 de Julho de 1954. Como vaqueiro, se destacou através de feitos que despertaram a admiração de muitos e a inveja de outros. Entre os invejosos estava Miguel Lopes, com quem passou a ter uma rixa. Narra a lenda que no dia da sua morte o dono da fazenda ordenou que ele e Lopes fossem pegar na caatinga uma rês, arisca e estimada, que se afastou do rebanho. Saíram à procura de Raimundo Jaco no dia seguinte, e, em meio a caatinga, encontraram-no morto, ao lado da rês ainda amarrada, e o seu fiel cachorro latindo, sem sair de perto. Uma pedra manchada de sangue denunciava a covardia do assassinato. Miguel Lopes foi incriminado, e abriu-se um processo, mas foi arquivado por falta de prova, e o crime ficou sem solução, caindo no esquecimento. Tomando conhecimento disso, Luiz Gonzaga protestou com a música “A Morte do Vaqueiro”.
PRESSÃO CONTRA OS VEREADORES – Presidente da Fundação Padre João Câncio, Helena Câncio está inconformada com a manobra do prefeito. “Inacreditável que a Missa do Vaqueiro, patrimônio nacional do povo brasileiro, seja mutilada. Isso é um crime, as autoridades do Estado têm que agir, especialmente a direção da Empetur, proprietária do Parque Estadual Padre João Câncio”, alerta. Para ela, a população, por sua vez, não pode ficar de braços cruzados, mas lotar a Câmara de Vereadores, hoje, para pressionar os vereadores a rejeitar a proposta imoral e violenta do prefeito.
Fonte: Blog Magno Martins
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