Diante do provável voo solo do PSB na eleição presidencial de 2014, o
PT aposta na Bahia e no Ceará para manter a vantagem no Nordeste na
disputa pelo Planalto.
Com o governador Eduardo Campos (PSB-PE) no páreo, a ideia é reforçar a campanha da presidente Dilma Rousseff em solos baiano e cearense para suprir possíveis perdas nos Estados da região sob gestões do PSB (Pernambuco, Paraíba e Piauí).
"No Ceará queremos dar 2 milhões de votos de frente para Dilma. Dificilmente Campos ou outro candidato terá espaço aqui", diz o deputado José Guimarães (PT-CE).
Na Bahia, a meta do governador Jaques Wagner (PT) é repetir 2010, quando o Estado deu 2,7 milhões de votos de vantagem para Dilma –a maior do país.
Editoria de Arte/Folha
No segundo turno de 2010, 48% dos 10,7 milhões de votos da vantagem de Dilma sobre José Serra (PSDB) na região vieram do Ceará e da Bahia. Pernambuco, Piauí e Paraíba responderam por 32%.
Entre as armas do PT para manter a hegemonia nordestina estão a força eleitoral do ex-presidente Lula e o estímulo a rivalidades regionais.
"Dilma terá ao seu lado um nordestino [Lula], que tem peso enorme na região", diz Wagner, que deve coordenar a campanha no Nordeste.
A concorrência histórica entre baianos e pernambucanos apareceu em declaração recente do candidato do PT à sucessão estadual, Rui Costa. Secretário de Wagner,ele disse que "os baianos não querem ser dirigidos pelo governo de Pernambuco", em referência a Campos.
A aposta no Ceará é na força do grupo do governador Cid Gomes (Pros), que deixou o PSB para apoiar Dilma. Para o cientista político Paulo Fábio Dantas, a "fratura" entre o grupo de Cid e Ciro Gomes e o de Campos tem maior potencial de dano ao PSB.
"Na Bahia vai ser mais difícil [aumentar a vantagem de Dilma] por falta de discurso convincente. O próprio Wagner tem adotado tom moderado [sobre o PSB]", afirmou.
A chapa do PSB na Bahia, com a senadora Lídice da Mata para o governo e a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon ao Senado, preocupa o PT.
Outra meta petista é manter suas quatro cadeiras nordestinas no Senado.
"Queremos eleger no Ceará, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte", disse Guimarães, pré-candidato ao Senado em provável aliança com o grupo de Cid Gomes.
ANDRÉ UZÊDA
DE FORTALEZA
JOÃO PEDRO PITOMBO
DE SALVADOR
Com o governador Eduardo Campos (PSB-PE) no páreo, a ideia é reforçar a campanha da presidente Dilma Rousseff em solos baiano e cearense para suprir possíveis perdas nos Estados da região sob gestões do PSB (Pernambuco, Paraíba e Piauí).
"No Ceará queremos dar 2 milhões de votos de frente para Dilma. Dificilmente Campos ou outro candidato terá espaço aqui", diz o deputado José Guimarães (PT-CE).
Na Bahia, a meta do governador Jaques Wagner (PT) é repetir 2010, quando o Estado deu 2,7 milhões de votos de vantagem para Dilma –a maior do país.
Editoria de Arte/Folha
No segundo turno de 2010, 48% dos 10,7 milhões de votos da vantagem de Dilma sobre José Serra (PSDB) na região vieram do Ceará e da Bahia. Pernambuco, Piauí e Paraíba responderam por 32%.
Entre as armas do PT para manter a hegemonia nordestina estão a força eleitoral do ex-presidente Lula e o estímulo a rivalidades regionais.
"Dilma terá ao seu lado um nordestino [Lula], que tem peso enorme na região", diz Wagner, que deve coordenar a campanha no Nordeste.
A concorrência histórica entre baianos e pernambucanos apareceu em declaração recente do candidato do PT à sucessão estadual, Rui Costa. Secretário de Wagner,ele disse que "os baianos não querem ser dirigidos pelo governo de Pernambuco", em referência a Campos.
A aposta no Ceará é na força do grupo do governador Cid Gomes (Pros), que deixou o PSB para apoiar Dilma. Para o cientista político Paulo Fábio Dantas, a "fratura" entre o grupo de Cid e Ciro Gomes e o de Campos tem maior potencial de dano ao PSB.
"Na Bahia vai ser mais difícil [aumentar a vantagem de Dilma] por falta de discurso convincente. O próprio Wagner tem adotado tom moderado [sobre o PSB]", afirmou.
A chapa do PSB na Bahia, com a senadora Lídice da Mata para o governo e a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon ao Senado, preocupa o PT.
Outra meta petista é manter suas quatro cadeiras nordestinas no Senado.
"Queremos eleger no Ceará, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte", disse Guimarães, pré-candidato ao Senado em provável aliança com o grupo de Cid Gomes.
ANDRÉ UZÊDA
DE FORTALEZA
JOÃO PEDRO PITOMBO
DE SALVADOR
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