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Acompanhado pela família, deputado licenciado deixa sua casa em direção a sede da PF |
O deputado licenciado José Genoino foi o primeiro a se entregar
espontaneamente. Ele deixou sua casa e seguiu para a sede da Polícia
Federal de São Paulo. Na chegada, ele levantou o punho e disse: "Sou
inocente. Sou um preso político. Viva o PT!".
Em nota divulgada
mais cedo, o deputado licenciado afirmou ter sido condenado porque
estava exercendo a presidência do PT. "Do que me acusam? Não existem
provas.O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado", disse.
Genoino foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha e deve
cumprir a prisão em regime semi-aberto. O mandado de prisão foi
expedido na tarde desta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além dele, José Dirceu, Marcos Valério e Delúbio Soares também deverão
ter as penas executadas. Os advogados dos outros réus já confirmaram
que, assim que tiverem ciência do mandado, eles se entregarão.
De
acordo com o advogado de Dirceu, ele deverá se apresentar ainda na
noite desta sexta-feira. Desde o fim da sessão do STF que determinou o
cumprimento imediato das penas, o ex-ministro estava na casa da família
no município de Vinhedo, no interior de São Paulo.
Leia a nota completa de José Genoino:
"Com
indignação, cumpro as decisões do STF e reitero que sou inocente, não
tendo praticado nenhum crime. Fui condenado por que estava exercendo a
Presidência do PT. Do que me acusam? Não existem provas.O empréstimo que
avalizei foi registrado e quitado.
Fui condenado previamente em
uma operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram em
um processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado
Democrático de Direito.
Por tudo isso, considero-me preso político."
Outros réus também se apresentam
O
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu se apresentou em São Paulo no
início da noite. A informação foi confirmada pela conta do Twitter da
Polícia Federal às 19h30, horário local. Por volta das 20h50, horário de
Brasília, o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do
esquema de compra de votos, se apresentou à Polícia Federal em Minas
Gerais. Quem também se entregou em MG foi Ramon Hollerbach, ex-sócio de
Marcos Valério.
Simone Vasconcelos e Cristiano Paz,
ex-funcionária e ex-sócio de Marcos Valério, respectivamente, o
ex-deputado do PTB, Romeu Queiroz, e Kátia Rabelo, ex-presidente do
Banco Rural, se entregaram na Superintendência da Polícia Federal em
Belo Horizonte. Da capital mineira, eles serão encaminhados para cumprir
as penas em Brasília.
Em Brasília, o ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR) também se apresentou após receber a ordem de prisão.
Fonte: Tribuna do Norte
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